Foi publicada a 31 de julho pelo INE a nova edição da Conta Satélite da Economia Social e pela primeira vez com dados de dois anos - 2019 e 2020. O peso do VAB da Economia Social na economia nacional aumentou de 3% para 3,2%, com o número de organizações a atingir as 73.851 em 2020, um aumento de 2,3% face a 2016, ano de referência da edição anterior da Conta, confirmando o comportamento de contraciclo desta área da economia. Em termos de VAB e de emprego a área da Saúde é a mais relevante, com 25,5% do VAB e 33,2% do emprego remunerado, seguida de perto pelos Serviços Sociais, com 24,9% do VAB e 29,9% do emprego remunerado. A área da Cultura, Comunicação e Atividades de Recreio, apesar de representar 45% no número de entidades, apenas pesa 3,7% no VAB e 4,9% no emprego remunerado, peso muito reduzido como tem vindo a ser reportado nas contas anteriores. A característica típica e não comum internacionalmente, de preponderância da Saúde e do Social na Economia Social, mantém-se em Portugal, com uma área de intervenção cívica pouco representativa.
Muito interessante ver pela primeira vez uma análise da longevidade das organizações inspirada na escala desenvolvida para o estudo do Impacto Social das Fundações Portuguesas! As misericórdias e as associações mutualistas estão em destaque na maturidade, e as associações com fins altruísticos como as mais jovens.
Nos sete países europeus com informação disponível, Portugal ocupa a terceira posição em termos do peso da economia social no VAB, a seguir a Itália e Bélgica. Em termos de emprego, com informação disponível para toda a UE, Portugal ocupa uma posição intermédia.
Atualização (07092023): Veja também o documento da CASES sobre esta nova conta satélite.